sábado, maio 17, 2008

Um Livro Que Nasce no Inverno, Não Enche Primavera.

Olha só. revendo velhos arquivos achei o start do livro que quero e hora dessas consigo escrever, não sei se vale ainda, mas vale o barato de ver que certas coisas continuam...

22/06/2003 23.50 hs

Todo dia é dia, mas, esse é sem duvida um dia mais do que especial, o dia da Parada do Orgulho Gay, inicio do Inverno, o ultimo feriadão do ano e minha virose se acabou. Bingo. Esse é o momento de eu começar a coisa que vem me comendo por dentro todos esses anos. Meu livro.

Não tenho a menor preocupação por onde vou começar, se vão ter capítulos ou mesmo quantidade de páginas, quero apenas me ater a vontade de escrever , de escrever em um ritmo alucinado que me deixe de cabeça doida.

- O que detonou mesmo essa vontade, porque agora nesse minuto, o que está acontecendo com você Zé?
- Sei lá... só sei que cai de maduro com as primeiras páginas do "Trilogia Suja de Havana" muito visceral e poético ao mesmo tempo, uma pobreza presente mas intensas emoções que vão circulando por todo o lado. Lembrei me que gosto do Bukowiski, ele me inspirava a vomitar meus fantasmas o tempo todo, ao mesmo tempo que Jonh Fante me dava uma tranqulidade sem igual.
Que merda é lembrar o tempo todo de coisas que aconteceram a tanto tempo atrás, mais de vinte anos, eu era mais interessante e sadio, não que esteja batendo as botas agora, mas sinto que preciso fazer alguma coisa, tomar uma atitude interessante ou morrer do mais absoluto tédio.
Que venha mais vodka grita Maiakowoski lá no fundo do meu coração porque como fiel as massas operárias ele ainda ajuda o único trabalhador incessante deste corpo mal cuidado.
Hoje foi um dia especial, foi o inicio de alguma coisa que ainda não sei bem o resultado, mas eu tenho certeza de uma coisa. Eu parti.

Olhos Vermelhos.

Agora que meus olhos sangram lágrimas cristalinas de água e sal. Agora que estou terno no teclado dessa máquina posso dizer que tudo isso é porque hoje é Sábado, ou Segunda ou mesmo Domingo??? O que importa. Toda vez que me vejo de novo pela estrada afora, andando, sinto uma mistura de tristeza e alegria.
Engraçado começar a escrever uma hora dessas, engraçado mesmo é imaginar que escrevendo você consegue vomitar todas as sensações que tantos tem certezas sobre elas, mais do que eu mesmo. Acho que sou tão transparente que todo mundo descobre.... it's joke...é claro.

Mulheres.

Quando vai ser o momento que elas vão ouvir e entender de fato essa música? Um poema que diz tudo, que dá a letra e o caminho. Nesse sabadão que bom lembrar dessa música, dessa letra.

Maria Aparecida, porque apareceu na vida
Maria Sebastiana, porque Deus fez tão bonita
Maria de Lourdes
Porque me pediu uma canção pra ela
Carmensita, porque ela sussurou: "Seja bem-vindo"
(No meu ouvido)
Na primeira noite quando nós chegamos no hospício
E Lair, Lair
Porque quis me ver e foi lá no hospício
Salete fez chafé, que é um chá de café que eu gosto
E naquela semana tomar chafé foi um vício
Andréia na estréia
No segundo dia, meus laços de fita
Cíntia, porque, embora choque, rosa é cor bonita
E Ana, porque parece uma cigana da ilha
Dulcina, porque
É santa, é uma santa e me beijou na boca
Azul, porque azul é cor, e cor é feminina
Eu sou tão inseguro porque o muro é muito alto
E pra dar o salto
Me amarro na torre no alto da montanha
Amarradão na torre dá pra ir pro mundo inteiro
E onde quer que eu vá no mundo, vejo a minha torre
É só balançar
Que a corda me leva de volta pra ela:
Oh, Sandra